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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Labirinto da felicidade / por O.Heinze

Ninguém vai me encontrar
estou no labirinto da felicidade
perdido entre lindas cores
de lençóis, colchas, toalhas
todas as roupas juntas
dependuradas em varais
sem fim, voando, voando
entre o cheiro do sol
e flores laterais.
Aqui há segurança, paz
liberdade, salvação!
Os panos sobem, descem
e corro entre eles
os acaricio, rio
e também sou acariciado.
Envolto em suavidade
morro de alegria.
Gritam lá de fora para eu sair
do labirinto da felicidade
e voltar para vida aberta
mas nem dou ouvidos.
Os prendedores me seguram
sou mais uma roupa limpa
feita alma livre da carne.

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