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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O tapete mágico / por O.Heinze

Num dia de sete cores
deitei todo preguiçoso
num tapete de flores
sob jacarandá mimoso.

Talvez da primavera
eu não quisesse
o viço da hera
que tenra floresce

mas o que já é flor
você à perfumar
você com tua cor
atraindo meu voar.

Em ti então pousei
minha alma alada
e tanto, tanto amei
tua energia me dada

que explodi de paixão
acordando na verdade
do tapete no chão
do parque da cidade...
As lágrimas falam / por O.Heinze

Não tendo por que chorar
chorei para o amanhecer
talvez tentando dizer
do poder ser, poder estar...

Feliz, pois em mim havia
lágrimas de pura prata
escorrendo em cascata
pousando numa teia fria.

Tão só feito uma aranha
na teia da bendita vida
fios da alma incontida
onde a emoção me ganha.

É preciso saber morrer
para nascer de verdade
e viver com liberdade
para morrer de prazer.

Por isto choro assim
pois sou tudo e nada
sou essa teia molhada
sou criação sem fim...