Translate

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Dama

Noite azul, calma,
morna no corpo,na alma.
Sinto-me embalado
nos braços da ternura,
Sonhador apaixonado
enlevado nas alturas.
Tudo pela presença
de uma doce dama
que sem pedir licença
me envolve, me ama.
Como não querê-la
dentro e fora de mim?
Respira-la e tê-la
Quase uma flor de jasmim?
Oh dama-da-noite, do ar,
por que não sais da planta
e pedes para Deus te encarnar?
E feita mulher te levantas,
para me namorar, seduzir
e fazer meu mundo florir?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Nada? Nada! / por O.Heinze

Achavas que eu era nada
mas eu sou ar
e entro em ti feito aroma
fragrância encantada
feitiço do amar.

Achavas que eu não estava
mas eu sou lembrança
que teimosamente
em tua mente lhe amava
no querer que não cansa.

Achavas que eu não existia
mas eu sou miragem
tremulando no calor do dia
confundido nas outras pessoas
enquanto segues viajem.

Achavas que me esquecera
mas eu sou fantasia
diurna, vespertina, noturna
na mordida na pera
na saudosa alegria.

Talvez eu seja nada
neste vazio presente
mas sou absoluto
nessa falta danada
na esperança à frente.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Folhas secas


Quando com o vento
as folhas secas
correm sobre o calçamento
não sei se elas cantam
ou resmungam um lamento.
Queria mesmo sabê-las
trocar entendimentos...

Mas deste plano
até mesmo dos humanos
muito pouco conheço
que dirá dessas folhas
que viveram no ar
com o espaço a lhes embalar
e receberam seivas do chão
com idade de mais de milhão
de experimentação?!

Ainda preciso frequentar
muitas escolas da vida
para poder conversar
com uma folha caída...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Simples assim / por O.Heinze

Eis que em certo dia
sopra um vento de poesia
voam folhas, borboletas
saltam rolhas, correm letras
tudo é apenas alegria.

Formam sonhos, planam pipas
corpos soltos dançam fitas
fantasias também vão soltas
e as nuvens já são outras
a paixão e a vida agita.

Eis que certa feita
a natureza se enfeita
e tudo, tudo fica amor
e seja lá quem for
nessa coisa se deleita.

E o homem mais sem esperança
volta a ser a doce criança
o chão se enche de flores
o céu se cobre de cores
dos ouros da nova bonança.

Então me redescubro gente
também te encontro todo contente
cantamos com muita euforia
desejando que a doce poesia
volte sempre, volte sempre...