Corruíra / por O.Heinze
Desde muitos e muitos anos
há a permanência discreta
de um pequeno e singelo pássaro
no quintal ou jardins de casa:
escondido na pilha de telhas;
no amontoado das madeiras;
por entre as gramas e arbustos;
ou até mesmo sobre o telhado.
Tenho a impressão que é sempre o mesmo
e que crescemos juntos nesta vida.
Sei que seria fantasiar demasiadamente
achar que ele ainda vive após meio século,
mas seu canto parece inconfundível
assim como também seu modo de ser.
Acho que por não saber voar longe
ou não ter encontrado uma parceira,
mantêm sua morada por aqui,
recusa-se a morrer nesta existência.
Ou talvez a solidão seja sua vida,
pois não quer seguir este meu martírio
de morrer e morrer tantas vezes por amor...
Desde muitos e muitos anos
há a permanência discreta
de um pequeno e singelo pássaro
no quintal ou jardins de casa:
escondido na pilha de telhas;
no amontoado das madeiras;
por entre as gramas e arbustos;
ou até mesmo sobre o telhado.
Tenho a impressão que é sempre o mesmo
e que crescemos juntos nesta vida.
Sei que seria fantasiar demasiadamente
achar que ele ainda vive após meio século,
mas seu canto parece inconfundível
assim como também seu modo de ser.
Acho que por não saber voar longe
ou não ter encontrado uma parceira,
mantêm sua morada por aqui,
recusa-se a morrer nesta existência.
Ou talvez a solidão seja sua vida,
pois não quer seguir este meu martírio
de morrer e morrer tantas vezes por amor...