Cisne negro / por O.Heinze
Em não podendo mais morar
nesta vestimenta humana
desejaria habitar no corpo
de um flutuante cisne negro,
para viver do silêncio
no lago tranqüilo espelhado;
na pacífica montanha adormecida;
no desprendido céu observador;
na mansuetude das aragens
vindas sopradas do norte,
tocando uma sinfonia morna,
inaudível para estes exteriores,
mas que faz valsar às almas
das tabuas, das águas na superfície,
e esta minha, agora mais branca
que a brancura da ternura,
inspirando-me, talvez, jamais acordar
de volta para a razão humana...
Aqui você encontra quase toda minha vida que é a própria ARTE. Sou poeta escritor / artista plástico / músico violonista / compositor / cantor / marceneiro / adoro fotografar / Fã da natureza (ambientalista). Ajudem-me a fazer um mundo melhor...
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quarta-feira, 25 de junho de 2008
sábado, 14 de junho de 2008
Oitenta segundos... Uma eternidade... / por O.Heinze
No céu um sinaleiro
pairando igual colibri
amarelo... Vermelho!
Fazendo-me parar ali.
E no chão asfaltado
na faixa de pedestres
passando hipnotizados
lunáticos e terrestres...
Eu dentro do meu carro
flutuando no tempo
com meus olhos agarro
tudo que contemplo...
Medito ou sonho?
Tudo está tão bom...
E a paz que componho
é quebrada num fom!
O semáforo abrira
o colibri verdejou
o mundo me pedira
para voltar, então vou...
No céu um sinaleiro
pairando igual colibri
amarelo... Vermelho!
Fazendo-me parar ali.
E no chão asfaltado
na faixa de pedestres
passando hipnotizados
lunáticos e terrestres...
Eu dentro do meu carro
flutuando no tempo
com meus olhos agarro
tudo que contemplo...
Medito ou sonho?
Tudo está tão bom...
E a paz que componho
é quebrada num fom!
O semáforo abrira
o colibri verdejou
o mundo me pedira
para voltar, então vou...
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Ressurreição / por O.Heinze
As flores estampadas
neste jornal antigo
já estão desidratadas
pelo tempo de castigo.
Nem sei em pastel
qual cor mais triste
o cinza no céu
ou já no jornal
o amarelo que existe.
Eis que a chuva cresce.
Cubro-me com o jornal
que, penso, agradece
em absorver o temporal.
Quando acho um abrigo
e chacoalho o jornal
quem creria nisso???
Do jornal escorrido
caíram flores com viço...
As flores estampadas
neste jornal antigo
já estão desidratadas
pelo tempo de castigo.
Nem sei em pastel
qual cor mais triste
o cinza no céu
ou já no jornal
o amarelo que existe.
Eis que a chuva cresce.
Cubro-me com o jornal
que, penso, agradece
em absorver o temporal.
Quando acho um abrigo
e chacoalho o jornal
quem creria nisso???
Do jornal escorrido
caíram flores com viço...
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