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domingo, 23 de agosto de 2009

Quando eu crescer / por O.Heinze

Quando eu crescer
vou querer ser um ipê
rico em ouro
morando alto
numa casa azul...

Vou querer vizinhos de lei:
jatobá, imbuia,
mogno, pau-brasil...

Aceitarei como visitas
só as importantes:
cigarra, sagüi,
arara, colibri,
besouro, abelha jataí...

A religião para me guiar?...
Sei lá!
Nem vou precisar...
Carta aos terráqueos

Até quando vocês
vão se esconder
atrás de altos muros;
insulfilmes escuros;
máscaras sem furos;
óculos escuros;
egos inseguros;
preconceitos duros
passados obscuros;
vícios burros;
60 X com juros;
por causa de uns
lunáticos impuros?

Cordialmente: Mundo Bem
O.Heinze

domingo, 9 de agosto de 2009

Aos leitores de O. Heinze

Toda magia é especial, transcendente. Porém, o intercâmbio dela entre nós, eu e vocês leitores (as), é além. Estamos mergulhando numa Energia Universal chamada Poesia, experimentamos algo impagável, inexplicável, excitante, apaixonante, Vida!
Gostaria de dar-lhes um abraço pessoalmente, olhar-lhes no olhar e alcançar vossas almas, materialmente, falando. Por ora minha satisfação etérea já é magnífica, afinal, vivemos na Poesia uma outra dimensão, de um Mundo absurdamente possível.
Ora, vejam só! Talvez sejamos tidos por loucos, mas sonhar, iludir no bem, fantasiar, fazer de conta, só faz mal para quem acha que é loucura. Para nós o inimaginável é muito mais que apenas idéias tolas, é um Poder interno que faz o coração acelerar, a alma enternecer e as lágrimas brilharem doces. Faz acreditarmos no hoje, o mundo retomar cores, a Vida voltar ter razão de ser...
Amigos (as) apreciadores da Poesia, Muito Obrigado pela troca de energias que me traz o maior tesouro da vida: a sensação de unificação fraternal...
Jamais deixem de ser crianças...

Abraços fraternos!

Osvaldo Heinze.
Palhaços do asfalto / por O.Heinze

Palhaços sem circo
tomam as avenidas
com roupas coloridas
combinando com semáforos
guloseimas à mão
sorrisos de montão
e nós, a platéia
(toda séria)
em nossos acentos
movidos a motor
temos segundos de paz
lembrando lá atrás
um tempo de amor
de brincadeiras
de palhaçadas
pequenas besteiras
e tantas risadas...
O sinal abre
a frota parte
para onde
ninguém sabe...