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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Saudade dos Cantares - música de O.Heinze







Saudade dos cantares

Letra e Música de O.Heinze


Saudade do mar doce e o cantar das brancas ondas;

do céu de ar salgado e o cantar das tantas aves;

da paz nas grandes pedras e o cantar e frescor do vento;

do abraçar puro do sol e o cantar dos coqueirais.


Saudade vai saudade buscar a felicidade.

Mas onde de verdade? Tudo isso é só vontade.

A praia transformou, não tem mais àquela idade,

e os cantos, quem cantou, vivem só nessa saudade.


Saudade da bela praia e o cantar da livre moça;

do barco perto e lento e o cantar do pescador;

da areia morna e fofa e o cantar do coração;

do tempo sem ter pressa e o cantar da alma aberta.


Saudade vai saudade buscar a felicidade.

Mas onde de verdade? Tudo isso é só vontade.

A praia transformou, não tem mais àquela idade,

e os cantos, quem cantou, vivem só nessa saudade.




quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A ilha urbana / por O.Heinze

Moro numa ilha
de dias costumeiros.
Em derredor fronteiras
que estipulei e não passo.
Medo de ir além
como se houvesse água
profunda e de ninguém
que trariam mais mágoa.
Penso em fabricar
meu barco voador
e feito lençóis no varal
inflar velas de coragem
fazer o casco da cara de pau
gritar qualquer bobagem

A TODO PANO!

ALÇAR A ÂNCORA DA DÓ!!!

Seguir sem piedade
soltando os nós.
Abraçar a liberdade
e partir valente
acendendo os canhões
contra qualquer censura
ou norma delinquente
subindo a bandeira da paz
que todos temem demais
e ir ofegante de bravura
conhecer um lugar novo
cheio de santa loucura
sem ser náufrago do povo...

sábado, 21 de dezembro de 2013

Se eu visse Deus...











fotografia: O.Heinze








Se eu visse Deus... / por O.Heinze

Num dia igual a outros
Deus ergueu o sol ardente
para sobre o horizonte noturno
trocando a noite pela alvorada;
desligou a bateria dos pirilampos;
retirou as serrinhas dos grilos
e pôs a vida noturna em estado de sono.
Deu corda prolongada
em cada um dos milhares
de pássaros e aves diurnos;
ligou o ventilador de brisa;
salpicou o azul do céu
com algodões-doces voadores;
borrifou aqui e ali
um tanto de seu desodorante;
adubou com amor
cada metro quadrado de flora;
trocou as pilhas de instinto
do menor até o maior ser da fauna;
inspirou cada ser humano
para que não morresse por conta da vida.
Depois se sentou num banco
do grande Parque Universal
e ficou a observar calmamente
o que o destino reservava para aqui.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Que as mãos voltem a colher flores / por O.Heinze

Que as mãos voltem a colher flores;
Acariciar a face alheia com amor;
Erguer no ar um novo anjo que nasce;
Colher a água doce do riacho puro;
Sentir as batidas de um coração apaixonado;
Salvar a vida desacreditada;
Escrever a paz mundo afora;
Secar a lágrima sonhadora;
Fazer o pão que dá continuidade ao ser;
Apontar o lado do bem;
Ajudar ao desvalido;
Puxar um amigo para o abraço;
Abençoar um quinhão de terra;
Honrar os que nunca mais tocaremos;
Abrir a janela e recomeçar;
Fazer valer a pena possui-las...