Eis a felicidade / por O.Heinze
Não é feriado nem domingo
e por esse asfalto cobalto
vou feliz feito um flamingo.
Sinto-me do chão andando alto
mais alto que o salto-alto
da nobre madame que vem vindo;
mais alto que um som contralto
de violino que vou ouvindo;
mais alto que o puro arauto
que enxerga um anjo lindo;
mais alto que o patinador
que rola, rala e sai sorrindo;
mais alto que o mergulhador
que vê o peixe-lua luzindo;
mais que o menino voador,
bicicleta e ET subindo...
Aqui você encontra quase toda minha vida que é a própria ARTE. Sou poeta escritor / artista plástico / músico violonista / compositor / cantor / marceneiro / adoro fotografar / Fã da natureza (ambientalista). Ajudem-me a fazer um mundo melhor...
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sábado, 19 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
FOME... OME... Ome... ome... / por O.Heinze
Temos fome por tudo:
nós, os outros;
etérea, material;
masoquista, salutar;
doce ou de sal;
por dentro, fora;
sentimentos lá atrás
e agora.
Loucamente
matamos por ela
e damos vida;
damos a vida;
danamos a vida
para tentar saciar
essa eterna ferida...
Fome: prisão!
Fazendo pesados
e esqueléticos;
lesados e atléticos.
Fazendo-nos animais;
pecadores normais;
pecadores capitais...
Sem ela seríamos anjos,
mesmo que sem asas.
Anjos negros, brancos,
vermelhos, pardos,
amarelos, invisíveis,
mas seríamos anjos,
anjos críveis...
Temos fome por tudo:
nós, os outros;
etérea, material;
masoquista, salutar;
doce ou de sal;
por dentro, fora;
sentimentos lá atrás
e agora.
Loucamente
matamos por ela
e damos vida;
damos a vida;
danamos a vida
para tentar saciar
essa eterna ferida...
Fome: prisão!
Fazendo pesados
e esqueléticos;
lesados e atléticos.
Fazendo-nos animais;
pecadores normais;
pecadores capitais...
Sem ela seríamos anjos,
mesmo que sem asas.
Anjos negros, brancos,
vermelhos, pardos,
amarelos, invisíveis,
mas seríamos anjos,
anjos críveis...
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