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domingo, 26 de julho de 2015

Adeus maledeta / por O.Heinze



fotografia de O.Heinze








Peguei carona com uma borboleta
precisava descolar do concreto,
só então deixei de olhar reto,
de acreditar na vida maledeta.

Borboletas não têm caminhos
fixos, predestinados, de espinhos,
elas somente caçam flores,
não para matá-las, roubar cores,
mas para saber de seus sabores.

Enquanto voava com ela
sobre aromas de florais e canela,
esqueci-me que eu era gente,
mas, gente e borboletas são diferentes?
Descobri que não, são iguais!
Vivem de doces sonhos imortais,
os mesmos que sempre as mantém
querendo acordar amanhã também.

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