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domingo, 31 de maio de 2015

Flor temporã / por O.Heinze

Em uma árvore, flores,
de se perder a conta.
Tantas e tantas,
que nem se percebia
de que faltava uma.
Agora que todas elas
viraram vagens e sementes,
vinga a última flor,
destacando a sua cor
da mãe tomada de verde.
A flor sente feito espinho
a incompreensão desde o ventre,
só por desejar um outro caminho,

de ser solitária e diferente.


fotografia de O.Heinze

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