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domingo, 5 de abril de 2015

Da humanidade / por O.Heinze



 





 Fotografia: O.Heinze










Talvez o erro seja desejar
todas as rosas da vida
e consequentemente seus espinhos,
que sangram fundo na alma,
fazendo verter sangue invisível,
que me remete a funerais
onde só há cravos de defunto.

Há vezes que penso em amar
tão somente o concreto,
ter um coração de pedra.
Mas uma vida sem flores,
sem poesia é bobagem!
É um existir mais frio
que o funeral vazio.

Insisto em ser masoquista.
Tantas flores sem espinhos
e vivo entre as roseiras.

Pobre humano a me enganar.
Quanto contrassenso,
tanto amor para se trocar,
mas vivo no espinheiro denso.

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