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domingo, 28 de novembro de 2010


A ilha urbana

Moro numa ilha
de dias costumeiros.
Em derredor fronteiras
que estipulei e não passo.
Medo de ir além
como se houvesse água
profunda e de ninguém
que trariam mais mágoa.
Penso em fabricar
meu barco voador
e feito lençóis no varal
inflar velas de coragem
fazer o casco da cara de pau
gritar qualquer bobagem

A TODO PANO!

ALÇAR A ÂNCORA DA DÓ!!!

Seguir sem piedade
soltando os nós.
Abraçar a liberdade
e partir valente
acendendo os canhões
contra qualquer censura
ou norma delinqüente
subindo a bandeira da paz
que todos temem demais
e ir ofegante de bravura
conhecer um lugar novo
cheio de santa loucura
sem ser náufrago do povo...

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