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domingo, 25 de abril de 2010

Trevo de três / por Osvaldo Heinze

Que manhã bela àquela
os bem-te-vis se viam
as flores todas sorriam
porque a vida era delas

Gemiam sem dor três sinos
desfazendo sem desfazer
o silêncio de prazer
no acordar dos santos ninhos

Sabia minha intuição...

Crianças saltavam da cama
em busca de ovos coloridos
botados por coelhos fugidos
escondidos cá fora nas ramas

Lá no começo desta lembrança...

Vi trevos de três folhas, fortes
quem disse que não trazem sorte
poderia haver mais sorte que essa
estar naquela manhã em festa?

Ah se de quatro o trevo fosse...
Teria voltado correndo mostrar
só que a lembrança não iria lembrar
dessa manhã perfeitamente doce...

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