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segunda-feira, 2 de março de 2015

Balas perdidas de açúcares / por O.Heinze

Onde se perderam as balas
de açúcares em lindas embalagens,
que docemente deveriam alcançar
as crianças carregadas de amor,
nas escolas, parques em flor,
lares, ruas, santuários e morros?
Neste meu grito de socorro
clamo aos corações de anjos:
espalhem balas doces aos jorros
onde houver ainda crianças.
Crianças de meses ou ainda,
crianças de dez, vinte ou trinta
anos e mais anos sem açúcares.
Crianças de oitenta ou cem,
que esperam de qualquer alguém,
mais doçura de coração e alma.
Mais abraços de palma com palma,
das mãos puras e inocentes,
que jamais apertariam gatilhos
que não fossem de bondade,
desencadeando velozmente
uma nova humanidade,
feita toda de docilidade.

Só podemos lamentar mesmo,
esses que disparam balas de metal
a esmo, esquecendo que, afinal,
poderia atingir um seu filho, mãe ou pai,
pois não importa quem lá adiante vai,
deveria ser tratado como criança sua,
igual ele criança que brincava na rua
e nem pensava de uma arma usar,
só pensava em brincar... brincar...



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