Translate

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A cereja e o vagabundo / por O.Heinze

Liberdade talvez seja
meu olhar perdido
a imaginar a cereja
que no caule pendido
ainda é flor de pólen
balançando ao vento
driblando insetos que podem
ter para si todo contento.
É feito alguém alheio
pois sem memória do mundo
nem saber de onde veio
simplesmente vagabundo.
Sem noção qual dia é
nome, idade, profissão
sem roupa e calçado no pé
meio que doutra dimensão.
Liberdade talvez seja
fechar os olhos e sonhar
esteja aonde esteja
o bolo sem cereja
e a alma a rimar...

Nenhum comentário: