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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Noventa e nove, cem! Lá vou eu... / por O.Heinze

A única diferença
entre mim e a criança
é que por fora
aparento cinqüenta
pois por dentro
sou tão ou mais criança.


Então me virei do avesso
guardei a maturidade dentro
e libertei minha inocência.


Sorri para as pipas
toquei campainha e corri
comprei goma de mascar
e gibi cheirando a novo
olhei enquanto contava até cem
trapaceei no jogo com dados
relembrei algumas dobraduras
e o cheiro do giz de cera...


Quando guardei a mim criança
e vesti meu eu cinquentão
me senti desamarrotado
mais doce e iluminado...

2 comentários:

POESIA CÁ E LÁ disse...

Primeira visita ao teu blog neste 2010 que ainda está nascendo.
Venho te desejar muita inspiração, muita poesia, muito sucesso.

Beijo ternurento

Clau Assi

Sandra Gonçalves disse...

Delícia isso,
Eu adoro o meu jeitão criança, ela anda bem guardada lá no baú, por hora a executiva mulher de negócios fica à frente, tensa, preocupada. Mas eu souu criança por dentro, uma beleza inocente que cultivo e talvez mais me afaste dos vilões da vida de gente grande, que mais nada faz além de ter que se degladiar o tempo todo. Roma faz tempo que tremeu e desmoronou o Coliseu, sobraram a história como testemunha da barbárie humana, do prazer em se ver sangue, em se domar a fera seja ainda hoje privilégio dos fortes,mas naquele tempo o valor ainda era na força física do homem viril.
Hoje a criança se tornou aviãozinho no morro, a virilidade do homem abalada com a proclamação da homossexualidade, o amor deixou de ser um conto romântico, sobraram o intecional mafioso do fracassado que se vê assim porque precisa do dinheiro e da aparência para ser alguém de valor.
Daí, né...:)

Beijos
San