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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


O Viajante da Mala Invisível. Por / O.Heinze

Essa capa de livro é uma pintura minha a óleo, 50x70, de julho de 2011 chamada: “O Viajante da Mala Invisível”. A arte final é de meu filho Rafael A. Heinze. O livro é de minha autoria e ainda não foi editado, mas já está registrado na Biblioteca Nacional. É um romance com 160 páginas sendo que 105 poemas interagem com a história. O conteúdo da mesma tem caráter fantasioso, porém, com um bom tanto da realidade atual, do passado ou no futuro, pois ele é atemporal. Isso dá uma dinâmica interessante ao leitor, que inclusive é reportado ao livro pelos personagens principais, pois volta e meia pedem a sua opinião. Quase todos os assuntos são abordados nesse livro, como, por exemplo: Infância, estudo, trabalho, meio ambiente, música, arte, amor, paixão, sexualidade, saúde, sonhos, medos, universo, etc.
Ainda não consegui uma editora para publicá-lo. Talvez eu venha a lançá-lo virtualmente.

Estou postando aqui o primeiro capítulo, espero que goste!




O viajante da mala invisível
(e você)


Capítulo I
NÓS E A MENTE

      Ah! Que bom que você chegou!
          Eu estava mesmo lhe aguardando no tempo indeterminado do universo.
          Você, assim como eu, não sente volta e meia vontade de saber o que se vai à mente de outras pessoas? Pois bem! A partir de agora você poderá viajar na mente de alguém que acredita na Poesia como Fonte de Vida.
          Não pense que este é um livro comum, não! Ela trata de poesia transformada em letras, porém a poesia não pode ser detida de forma alguma, ela sempre foi e sempre será livre. O que está nessas linhas são impressões da poesia que captei e tentei materializar o melhor possível. Mas a poesia em si é uma energia mágica, sonhadora, que tem inteligência própria. Então não fique admirado se volta e meia enquanto estiver viajando comigo dentro deste livro, tiver visões ou sonhos fantásticos.
          Por outro lado, de alguma forma, eu também entrarei na tua mente e esse é o poder magnânimo da poesia: Criar a união de várias mentes puras, formando assim uma Egrégora no UNIVERSO DO BEM.
          Não conte mais o tempo, aliás, não conte com o tempo. Aqui é atemporal, a mente é atemporal. Viveremos numa energia indomável.
          Nosso meio de locomoção é o acaso. Então, quando quiser sair de onde estiver, feche os olhos e deixe se levar para fora daqui por janelas, apenas elas. As portas são sinistras demais para a poesia passar inteira e isso pode não ser bom. É uma sensação estranha misturar realidade material com realidade poética, elas não podem se afinizar, pois, a primeira carrega ego controlador, e a outra, desprendimento total.
          Certo dia mergulhei dentro de mim e uma voz me perguntava seguidamente: Portas ou janelas? Escolha!... Portas ou janelas? Escolha!... Portas ou janelas... Então, sem eu precisar na resposta, fui assistindo as palavras passando pacificamente num céu azul dizendo assim...


Portas ou janelas? Escolha!

Já destranquei tantas portas
e cheguei a nenhum lugar
já as janelas vivas ou mortas
passei sem chaves usar.

Portas, como palavras faladas
usam de um canal passador
mas janelas são encantadas
igual poesia do amor.

Feliz da casa com uma porta
fechada para a arrogância
e mil janelas, mesmo que tortas
escancaradas de infância.

Meu travesseiro me contou
que sonhei com uma janela
e falei que ela falou
que vida só vive por ela...

         
          Parece que o tempo está bom lá fora!
          Até que minha noite foi boa. Tenho a sensação de ter sonhado com algo bom. Será que travesseiros falam mesmo?  Por que sempre que voltamos de uma noite de sono temos a impressão de que voamos por algum lugar?! Nem sei qual dia é hoje, nem da semana, nem do mês. Os pássaros já cantam no jardim.
          Obrigado universo! Sinto-me renovado. Acho que meu estado interno veste-se de adolescência. Tenho ânsia por viver um grande amor. Como estará o dia hoje para além desta...


Janela da manhã

Manhã de bom tempo.
Eu escancaro a janela
e um céu muito azul
mergulha na minha alma.
Um pássaro bem educado grita:
-Bem... Te vi!
O sol nem pede licença
e adentra minha casa.
Que bom! Não estou mais só.
Mas, queria ter namoradas,
feito aquele beija-flor ali.
Ah as namoradas...
O dia pode ter tudo de bom;
festa, música, confeito,
mas, sem elas, as namoradas,
o dia não é perfeito!
 

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