O
dia está aberto,
deita
a tarde,
cai
a noite,
e
renasce a madrugada.
A
vida vai indo,
e
é algo que ainda nem sei.
Isso
chega a doer,
essa
falta de saber,
pois
são tantas coisas vivas
e
tantas outras de morte,
faz-me
retroceder nas sensações
quando
era bem mais criança
e
abria uma caixa de quebra-cabeça.
Sabia
que meu mundo era àquilo,
montar
até formar toda a imagem,
e
eram tantos pedacinhos para conseguir o todo,
igual
se fossem dias atrás de dias em um calendário,
juntando
para se formar o ano inteiro.
Ao
completar o quebra-cabeça,
sentia
a mesma impressão da virada de ano:
vazio!
Quando
algo se completa perde o sentido,
a
vida e a morte se fundem.
Uma
plenitude toma o todo
e
a pergunta se repete:
para
quê tudo isso,
essa
complexidade de coisas
que
abastecem sempre o vazio?
Para
não perder o foco
sigo
com o olhar um inseto
e
me inspiro nele,
pois
que se ele continua
algo
mais deve haver para buscar..
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