Ecos da Vida
por O.Heinze
Uma saudade inclemente
evapora tristezas do meu coração,
que de tempos em tempos
formam a tormenta sobre meus olhos,
até pesar insuportavelmente
e desaguar em lágrimas amargas,
demoradas e deprimentes,
ácidas e pungentes…
E no limiar entre vida e morte
busco um lenitivo, uma sorte,
que me faça renascer em sol,
ou me guie uma ilha com farol,
livrando minha mente desta prisão,
sem chave, ar, chão, solução.
Eis que o dia nasce contado
por pássaros felizes, do nada!
Meu corpo reage encantado,
minha alma se sente amada.
Escancaro a janela ao dia
e todas as cores me capturam.
Em minha mente toca melodia,
novas esperanças me juram.