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domingo, 29 de abril de 2012















Foto: O.Heinze
Esse exemplar de passarinho Cambacica 
sobre um cacho de Ipê-Rosa 
dá a mais pura noção 
da abrangência de liberdade de um ser.
Criança pluma / por O.Heinze

Capturei a alegria do amanhecer dos pássaros
e as cores que o sol lhes vai revelando
e pintei a vastidão de meu mundo interno
jaz cinza, concreto, reto, rotina comercial.

Agora que também sou um deles
voando num céu sem paredes
em vendo o mundo de cima para baixo
sei que as pessoas vão pequenas,
pois livramento é para os que voam
com suas asas de verdade.

Mesmo que chova eu canto
e rio até do próprio pranto,
porque já não sou humano,
aprendi a ser passarinho
que não precisa de caminho...

domingo, 22 de abril de 2012





















Fotografia de O.Heinze
Praça do Cruzeiro - Santo André - SP

Falaram ser outono / por O.Heinze

As folhas começaram cair
só porque falaram ser outono.
Pedi-lhes que parassem,
tivessem personalidade, acreditassem;
esquecessem dessa coisa de velhice;
se mantivessem firmes em seus galhos,
mesmo que dissessem ser tolice.
Que continuassem verdes por dentro,
pois mesmo que pareça atrativo
rir de rolar no chão
melhor e em definitivo
é voar e voar na ilusão...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Papel de seda / por O.Heinze

Mais forte que este adulto
que aparento no corpo por fora
é minha criança viajora
na alma, mente e coração.
Que eterniza através dos sabores
aromas, cores, e impressões
que se repetem na vida.
Mas o mais impregnado
e atuante na minha essência
é o delicado papel de seda.
Na leveza ao desembrulhar
a bala mais doce da festa;
nas bandeirolas multicoloridas
enfeitando as ruas e praças;
na sutileza do aroma perfumado
enquanto eu fazia minhas pipas;
no papel picado recheando
a caixa do presente surpresa;
nas lanternas voadoras
na liberdade das noites azuis...

sábado, 7 de abril de 2012

O.Heinze


O homem só estará pleno
quando toda luz externa e interna forem uma,
dele, de todos e sempre.

Transluzimento / por O.Heinze

Uma rara alegria
chega batendo asas
ao nascer do dia
e por sobre as casas
grita que me viu bem.
Insistentemente grita
ora próximo, ora além...
Bem te vi... Bem te vi...
E é tanto que ele acredita
que me vou bem aqui
talvez, pois minha alma levita
transpassada pelo sol.
Nessa hora mais que bendita
parece que voo em bemol.
Nem lembro de ter chão
meu coração sente o porquê
no céu abre um clarão
e o pássaro já não me vê.

domingo, 1 de abril de 2012

Mulheres escritoras / por O.Heinze
(minha homenagem)

Essas mulheres escritoras
encantam-me com suas letras
prendem minha visão viajora
igual a belas borboletas...

Nesse mundo que dizem
ser ficção, fantasia
mas que deixa-me bem
em total euforia...

Querendo mergulhar fundo
no particular doce que exibem;
na alma das do outro mundo;
na mente das que aqui vivem.

Para poder absorvê-las inteiras
saciando minha fome de poesia
acendendo no coração a fogueira
queimadora da solidão que judia.

Se escrevessem sobre mim
com seus dedos mágicos
no meu peito cor marfim
na fronte e nos lábios...

Pois é tanto que amo
as literaturas tuas
que até me engano
nessas poesia nuas...

O real vira ficção
e a ficção minha vida
porque morro de emoção
a cada página lida...

O.Heinze em sua marcenaria. (porque trabalhar é preciso)